RECORDANDO A MINI- ASSEMBLEIA

Para repensar e atualizar o Plano de Pastoral de Conjunto, em vista da Assembleia Diocesana de Iguatu, reuniram-se o Bispo, os Presbíteros e representantes Leigos (as) e as Religiosas, nos dias 22 e 23 de julho passado.

Foram momentos partilhados na oração, na reflexão, no estudo e nas propostas encaminhadas.

Foram destacadas as urgências da Igreja Diocesana em estado permanente de missão, casa da iniciação cristã, animada pela mensagem bíblica na vida e na pastoral, em vista da construção de Comunidade de comunidades ao serviço da vida plena para todos. Perpassou-se o que há de bom e de belo em toda ação conjunta que se faz. Constatou-se a vitalidade, fruto da atuação do Espírito e do esforço generoso de tantos. Foram apontados, realisticamente, os desafios e as carências.

A motivação bíblico-teológico de grande alcance, coube ao Padre Anastácio que, partindo da provocação pascal do Apocalipse de “ouvir o que o Espírito diz às Igrejas”, conduziu-nos a repensar plano, planejamento, metodologia desde o retirar-se, para olhar com outros olhos, o Senhor que nos interpela à missão. O alcance esteve na profundidade.

Para tanto, fez perguntas incisivas: Seguimos o Cristo Crucificado-Ressuscitado? Quem nos move? Buscamos o sentido de nossas ações sociais, litúrgicas, pastorais? Para onde nossos passos se dirigem? Nossa lógica é a mesma de Deus que desce e vai ao encontro? Seguimos o itinerário da encarnação?

Consequentemente, expôs para nós, o irrecusável itinerário do Senhor Jesus, movido pela compaixão. Desse modo, ofereceu-nos um direcionamento pastoral à proposta da Mini- Assembleia, nos seguintes termos: Quem é o outro que irrompe no meu caminho? Somos sal da terra e luz do mundo? A Igreja não existe para si; logo, ela não é o centro e há de descentrar-se para sair… e sem medo. As Pastorais são expressões da presença da graça divina em meio às desgraças humanas. Não existimos para nós mesmos, mas para a sociedade que está aí.

Dentro do viés da espiritualidade, apresentou-nos a mística: Somos sacramento de Deus no mundo, sacramento do Reino de Deus. Por isso, necessitamos da intimidade com Deus, do Espírito Santo para irmos ao encontro dos necessitados.

Descortinou, igualmente, elementos de uma ascese purificadora, alimentada pela mística, nas seguintes perguntas: O que nos paralisa? Em que gastamos mais tempo? Superamos as tentações do negativismo, do derrotismo, do desencantamento, do mau humor? Fugimos dos compromissos? Estamos desarticulados?

A conversão pastoral esteve no centro da abordagem. Mais do que preencher técnicas de planejamento, fomos solicitados, a partir do tríplice múnus do Cristo – Sacerdote e Profeta e Pastor, afim de articularmos a ação pastoral de uma Igreja toda ministerial e corresponsável.

A articulação, a princípio pareceu difícil. Para alguns, até pouco clara. Porém, de claridade em claridade, a compreensão se dará oportunamente até a Assembleia e depois dela. Haja vista que a contribuição dos grupos, em pouco tempo, conseguira pôr as urgências e comissões dentro do que se convencionou chamar de eixos interligados: sacerdotal, profético, régio.

Alguns destaques chamaram a atenção para uma ação pastoral eficaz e ousada pelas Juventudes, devido ao dado estatístico significativo de pessoas nesta faixa etária, e para a formação contínua e sistemática do laicato: Escola de Fé e Vida, Estudo bíblico- catequético.

Organizadores, colaboradores e participantes ficamos contentes pela Mini -Assembleia, graças ao nível do seu conteúdo e ao aprofundamento das temáticas. Sem superficialidade e sem perda de tempo.

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