CNBB

CONFERENCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL 

O arcebispo de Belo Horizonte (MG), dom Walmor Oliveira de Azevedo, foi eleito na tarde de segunda-feira, 6 de maio, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), para o quadriênio 2019-2023. O novo presidente foi escolhido pelo episcopado brasileiro que participa, em Aparecida (SP), da 57ª Assembleia Geral da CNBB no terceiro escrutínio, após receber a maioria absoluta de votos do total de 301 bispos votantes.

Também foram eleitos dois vice-presidentes — uma novidade do atual estatuto da CNBB — 1º dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre (RS), e 2º dom Mário Antonio Silva, bispo de Roraima. Como secretário-geral, dom Joel Portella Amado, bispo auxiliar do Rio de Janeiro. Os nomes eleitos para as comissões estão relacionados no final desta matéria.

Como manda o Estatuto da CNBB, o até então presidente cardeal Sérgio da Rocha perguntou a dom Walmor se aceitava ser presidente. “Aceito com humildade, aceito com temor e aceito à luz da fé”, foram as primeiras palavras que ele dirigiu à plenária da 57ª. Só à luz da fé, segundo dom Walmor, será possível recuperar a força da colegialidade da Igreja no Brasil a partir de uma escuta muito profunda dos irmãos e do povo de Deus. Ele pediu a Deus que não falte sabedoria para assumir este serviço.

O novo presidente

Nascido em 26 de abril de 1954, dom Walmor é natural de Côcos (BA). É o primeiro baiano a estar à frente da CNBB. O novo presidente da Conferência é doutor em Teologia Bíblica pela Pontifícia Universidade Gregoriana (Roma, Itália) e mestre em Ciências Bíblicas pelo Pontifício Instituto Bíblico (Roma, Itália).

Em sua trajetória de formação, cursou Filosofia no Seminário Arquidiocesano Santo Antônio (1972-1973), em Juiz de Fora (MG), e na Faculdade Dom Bosco de Filosofia, Ciências e Letras (1974-1975), em São João Del-Rei (MG). De 1974 a 1977, cursou Teologia no Seminário Arquidiocesano Santo Antônio, em Juiz de Fora. Em 9 de setembro de 1977 foi ordenado sacerdote, incardinando-se na arquidiocese de Juiz de Fora.

Ministério sacerdotal Foi pároco da paróquia Nossa Senhora da Conceição de Benfica (1986-1995) e da paróquia do Bom Pastor (1996-1998); coordenador da Região Pastoral Nossa Senhora de Lourdes (1988-1989); coordenador arquidiocesano da Pastoral Vocacional (1978-1984) e reitor do Seminário Arquidiocesano Santo Antônio (1989-1997). No campo acadêmico, lecionou nas disciplinas Ciências Bíblicas, Teologia e Lógica II; coordenou os cursos de Filosofia e Teologia. Em Belo Horizonte, foi professor da PUC-Minas (1986-1990). Também lecionou no mestrado em Teologia da PUC-Rio (1992, 1994 e 1995).

Ministério episcopal Dom Walmor Oliveira de Azevedo foi nomeado bispo auxiliar de Salvador (BA) pelo Papa São João Paulo II, no dia 21 de janeiro de 1998. Sua ordenação episcopal foi no dia 10 de maio do mesmo ano. Em 2004, foi nomeado arcebispo metropolitano de Belo Horizonte (MG), iniciando o ministério em 26 de março daquele ano. Em outubro de 2008, dom Walmor foi escolhido para ser um dos quatro representantes do Brasil na XII Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, realizada em Roma.

Em 199, dom Walmor foi secretário do Regional Nordeste 3 e membro da Comissão Episcopal de Doutrina da CNBB. A mesma Comissão que, já com o nome de Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, presidiu entre 2003 e 2011, ou seja, por dois mandatos. É membro da Congregação para a Doutrina da Fé, no Vaticano, desde 2009. O arcebispo de Belo Horizonte também exerceu a presidência do Regional Leste II da CNBB – Minas Gerais e Espírito Santo.

Em fevereiro de 2014, foi nomeado pelo Papa Francisco membro da Congregação para as Igrejas Orientais. Desde 2010, o arcebispo é referencial para os fiéis católicos de Rito Oriental residentes no Brasil e desprovidos de ordinário do próprio rito.

Com mais de 15 livros publicados, dom Walmor é membro da Academia Mineira de Letras, Cidadão Honorário de Minas Gerais e dos municípios de Caeté e Ribeirão das Neves. O novo presidente da CNBB também foi agraciado com a Comenda Dom Luciano Mendes de Almeida, da Faculdade Arquidiocesana de Mariana, e com o título de Doutor Honoris Causa, da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (2012).

Confira todos os nomes eleitos para as comissões: Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios ordenados e vida consagrada, eleição de Dom João Francisco Salm, bispo de Tubarão (SC);

Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato, eleição de Dom Giovane Pereira de Melo, bispo de Tocantinopolis (TO); Comissão Episcopal Pastoral para a ação missionária e cooperação intereclesial, eleição de Dom Odelir José Magri, bispo de Chapecó (SC);

Comissão Episcopal Pastoral para a animação bíblico catequética, reeleição de Dom José Antônio Peruzzo, arcebispo de Curitiba (PR);

Comissão Episcopal para a Doutrina da Fé, reeleição de Dom Pedro Carlos Cipolini, bispo de Santo André (SP); Comissão Episcopal para a Liturgia, eleição de Dom Edmar Peron, bispo de Paranaguá (PR); Comissão Episcopal para o Diálogo ecumênico e inter-religioso, eleição de Dom Manoel João Francisco, bispo de Cornelio Procópio (PR); Comissão Episcopal para a Ação sociotransformadora, eleição de Dom José Valdeci Santos Mendes, bispo de Brejo (MA); Comissão Episcopal para a Cultura e educação, reeleição de Dom João Justino de Medeiros, arcebispo de Montes Claros (MG); Comissão Episcopal para a Vida e Família, eleição de Dom Ricardo Hoepers, bispo de Rio Grande (RS); Comissão Episcopal para a Juventude, eleição de Dom Nelson Francelino Ferreira, bispo de Valença (RJ); Comissão Episcopal para a Comunicação, eleição de Dom Joaquim Giovani Mol Guimarães, bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG).

(Fonte: CNBB)

 

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