PADRE GERALDO DANTAS PEREIRA

DIOCESE DE IGUATU – PELOS CAMINHOS DA HISTÓRIA

EVOCAÇÕES

PADRE GERALDO DANTAS PEREIRA (IN MEMORIAM)

* 13 de novembro de 1924  + 22 de agosto de 2007

20º Vigário de Pedra Branca de 1956 a 2007

“ECCE SACERDOS MAGNUS”

Instituída canonicamente na longínqua data de 6 de dezembro de 1873, por ato de Dom Luiz Antônio dos Santos, 1º Bispo do Ceará, a Paróquia de Pedra Branca apraz-se em ostentar, na galeria de seus ex-vigários, a fotografia do Pe. Geraldo Dantas Pereira, cujo paroquiato ali se iniciou em 2 de agosto de 1956, no tempo em que se exauriu o vicariato do Pe. Geovanne Saboia de Castro.

Filho de João Dantas Pereira e Raimunda Colares Dantas, nasceu o Pe. Geraldo Dantas Pereira na Fazenda Caiçara, município de Itapiúna, Ceará, no dia 13 de novembro de 1924. 

Sua vida estudantil processou-se, na fase dos estudos primários, em Fortaleza, tendo transcorrido, parte desta, no Seminário da Prainha.

Depois, na mesma renomada instituição, então confiada à tutela dos Padres Lazaristas, ele veio a concluir os estudos atinentes ao ensino médio e ao grau superior.

Sua ordenação presbiteral, presidida por Dom Antônio de Almeida Lustosa, SDB, aconteceu em 5 de dezembro de 1954; e a “primeira missa”, na Fazenda Caiçara, município de Itapiúna, sua terra natal.

Antes de ascender ao cargo de Vigário de Pedra Branca, Pe. Geraldo notabilizou-se no cumprimento destes cargos eclesiásticos: Capela da Casa da Medalha Milagrosa (Fortaleza), Capelão do Instituto Social, Vice-diretor dos Cooperadores Paroquias de Fortaleza.

Em meio às múltiplas efemérides de seu longuíssimo governo pastoral em Pedra Branca, coube ao Pe. Geraldo o mérito de celebrar, brilhantemente, em 1973, as festividades do Centenário da daquela comunidade paroquial, cujo orago é São Sebastião.

Acrescente-se, no rol das efemérides, o hercúleo trabalho de reconstrução da velha igreja matriz, danificada em decorrência de um acidente transcorrido à volta de 1961/62: “um dos arcos internos ruiu, determinando o desabamento de todo o telhado, com grande prejuízo embora sem danificar a fachada, os fundos, e, de um modo geral as paredes externas”, como no-lo atesta o saudoso cronista Francisco de Andrade Barroso em “Igrejas do Ceará: crônicas histórico-descritivas”, Tomo I, à altura da página 367.

Contabilizem-se também “mais de 51 anos de serviços dedicados aos fiéis (…) mais de 59 mil batizados e mais de 10 mil casamentos de famílias pedrabranquenses.” (Fonte: Diário do Nordeste. 24.08.2007).

Nas páginas do Anuário da Diocese de Iguatu – já amareladas pela ação do tempo, pois editado em dezembro de 1973 – encontramos o “rastro luminoso” das ações do Pe. Geraldo em Pedra Branca, nestes termos: “Emprega ele esforços pela implantação do Dia do Senhor, pelo êxito dos Círculos Bíblicos e pelo engajamento da juventude nos mais lídimos anseios da atual manifestação de alento que a Igreja experimenta em todos os setores de atividade. (…) Realiza importante trabalho de assistência ao homem do campo, mediante sério e exaustivo trabalho de conscientização e promoção sócio-humana.”

 O Instituto Dom Bosco, a primeira maternidade da Pedra Branca, é, igualmente, obra de renome, de autoria do Pe. Geraldo Dantas.

Preocupado com a sorte do trabalhador do campo, empenhou-se o grande sacerdote por fundar o Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município, e, com o apoio do governo do Estado construiu também a primeira quadra poliesportiva da cidade.

“Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a Fé“, eis quanto, inspirado no pensamento paulino, encerra-se no epitáfio que sinaliza, na matriz de Pedra Branca, o local da tumba do Pe. Geraldo Dantas Pereira.

Por: Osmar Lucena Filho
(Paróquia do SC de Jesus – Piquet Carneiro)

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