EUCARISTIA ENTRE NÓS

CORPUS CHRISTI, solenidade do Corpo e Sangue do Senhor, no próximo dia 26 de maio,

consta de Missa Solene, na Igreja do Prado, às 16 horas, seguida de procissão com o Santíssimo Sacramento, pelas ruas do centro até a Catedral de São José. Ali haverá a benção eucarística. Será nosso louvor público, de adoração e de agradecimento, a Jesus sacramentado, presidido pelo bispo diocesano com os padres da cidade e os fiéis católicos de nossas paróquias e comunidades.

A Eucaristia é a presença sacramental do Senhor entre nós. Sua presença, nas espécies do pão e do vinho, é explicada pela teologia oriental com o conceito de transformação enquanto a teologia ocidental prefere o de transubstanciação. Ambos comunicam, embora diversamente, a mesma verdade de fé que a Igreja guarda, com cuidado e apreço, e muito agradecida.

A presença de Jesus permite que seja o alimento em nosso peregrinar terreno. Nasce da celebração pascal, durante a ceia de despedida, desde quando Jesus pronunciou, sobre o pão e o vinho, as palavras: Tomai e comei, isto é o meu Corpo!; Bebei dele todos, pois isto é o meu Sangue! (Mateus 26, 26.27). Deste modo, Ele estabeleceu, ao garantir sua presença, o sentido do convívio ou da comunhão íntima com seu Corpo e Sangue. Tal comunhão é recíproca, conforme a comparação que fez com a videira e os ramos: Permanecei em mim como Eu em vós! (João 15, 4)

A dimensão sacrifical manifesta-se, pela vontade do Senhor de que a Eucaristia seja repetida ou celebrada em memória da sua oferta na cruz, para a salvação de toda a humanidade. Esta dimensão ocorre pela relação que Ele fez entre o pão e o vinho, doados e partilhados, com seu Corpo entregue e seu Sangue derramado: a nova aliança, para a remissão dos pecados, em favor de muitos (Mateus 26, 28). Por isso, o apóstolo Paulo evidenciou que, em cada celebração eucarística, é anunciada a morte do Senhor até sua volta (1 Coríntios 11,26).

O fato de Jesus ter sublinhado que não mais comeria a páscoa com seus discípulos até que ela se realizasse no Reino de Deus (Mateus 26, 29), permite considerar a Eucaristia como projeção do futuro que há de vir. Por conseguinte, ela nutre nossa esperança de comungarmos plenamente com o Mistério do Deus vivo, no convívio eterno, muitas vezes comparado ao banquete do Reino ou nupcial.

A propósito, disse-nos o Mestre em seu sermão eucarístico a respeito do futuro de quem comunga: Eu o ressuscitarei no último dia (Jo 6, 54). De fato, na intimidade eucarística estreitamos laços com o Cristo, que é a Vida. Por isso, quando comungamos, cresce em nós a vida em abundância, que é a graça santificante, pela qual nos tornamos, desde o batismo, pelo Espírito Santo, filhos no Filho e herdeiros da promessa da vida eterna.

A festa de CORPUS CHRISTI, preparada com tanto carinho para o Senhor, em todos os lugares, expressa a gratidão católica pela presença de Jesus. Igualmente, a Igreja em Iguatu se alegra em Cristo que conosco caminha. Estenderemos, então, as vestes pelo caminho enquanto Ele passar (cf. Lucas 19, 36), ou seja, expressaremos, com semelhante afeto, nossa fé e nosso amor, a Jesus-hóstia. Juntos aclamaremos: “Graças e louvores sejam dados ao Santíssimo Sacramento”!

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