Com os Festejos de Fátima


Unidos em oração de afetos e de intenções, vamos mentalmente a Fátima, em Portugal, com o Papa Francisco e toda a Igreja ali representada. O mundo católico olha para lá.

Louvamos a Virgem do Rosário que há 100 anos, no dia 13 de maio de 1917, iniciou uma série de aparições, na Cova da Iria, às três crianças, pequenos pastores: Lúcia, Jacinta, Francisco. O momento da história mundial era dramático.

Maria deixou mensagens, interpretadas como segredos, aos adultos e ao Papa. Resultou em sensacionalismo bem explorado, sobretudo, o chamado terceiro segredo. Na realidade, o núcleo das mensagens é simples e acessível. Nada secreto. É apelo à oração, ao rosário, à confissão e à comunhão eucarística. É ruptura com o pecado pela conversão pessoal a Deus e à virtude. É a intenção da paz, diante da inevitabilidade da guerra.

O século de dois grandes conflitos mundiais, das ideologias do nazismo e do comunismo e de outros horrores contra a humanidade, inclusive das bombas atômicas lançadas e de outras de extermínio coletivo, dos destroços físicos e morais e espirituais e da perseguição sistemática à Igreja Católica, a Senhora é quem acendeu a esperança ao afirmar com ênfase: “No fim, meu coração triunfará”. Eis a melhor dentre as mensagens. Gerou confiança na presença da Mãe de Jesus.

Neste maio de 2017, mês de Maria, estamos comemorando o centenário das aparições. Além disso, é tempo pascal. Trata-se da celebração da vitória do Cristo Ressuscitado e do cumprimento de nossa redenção pela morte de cruz. Maria colaborou com seu sim materno, na Encarnação do Verbo, e com novo consentimento, aos pés do seu Filho Crucificado. Ela participou também da alegria dos acontecimentos pascais.

Maria tomou conhecimento das aparições do seu Filho pelo testemunho alegre dos discípulos, dos apóstolos e especialmente daquelas discípulas, encarregadas que foram de anuncia-lo por primeiro (Lc 24,9). Ela sabia melhor do que todos, ao guardar tudo no coração, que Ele anunciara sua ressurreição ao terceiro dia (cf. Mc 8,3; Lc 18, 33). Por isso, esperava a hora de Deus, a realização da promessa de seu Filho, no extremo sofrimento do gládio que lhe feriu a alma de dor.

Envolvida pelas alegrias pascais, ela permaneceu junto aos apóstolos e algumas mulheres reunidos em oração, até o domingo de Pentecostes (cf. At, 13-14), primeiro núcleo da Igreja nascente. Assim, assumia a missão maternal de permanecer conosco e em todos os tempos.

As aparições em Fátima significam, pois, que Maria exerce sua maternidade em relação à Igreja e à humanidade. A mãe de Jesus intervém e auxilia com solicitude a história dos discípulos quando necessário. Traz esperança. Renova a confiança.

Há na geopolítica do mundo áreas de conflitos e de guerras nas quais populações são bombardeadas, vitimadas e forçadas ao exílio, indistintamente. A Igreja sofre muito nesses lugares. Que a Rainha da Paz, conceda às lideranças, responsáveis pelas beligerâncias, a política da negociação e a diplomacia do diálogo, e aos fiéis de Cristo o contributo do amor e do perdão! Dê às mães o conforto de sua bênção!

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